sexta-feira, 9 de abril de 2010

Tudo Passa


Que engraçado eu sabia que um dia eu ia ri de tudo que foi postado aqui, descobri que escrevia nesse blog quando não estava tão contente e quando não era conrespondida. E não, não está acontecendo isso agora.
Faz tanto tempo que não venho aqui escrever pra mim mesmo, o que me influenciou foi dois blogs que acabei de fazer:
jancineproducoes.blogspot.com e analisequantica.blogspot.com
e o porque de fazer deles. Primeiro uma frase que um amigo me disse:
"dizem que os pais arruinam a vida dos filhos e os filhos arruinam a vida dos pais"
Que coisa horrivél: arruinar. Eu filha, não arruinei, mas exclui literalmente uma coisa muito importante pro meu pai o outro blog dele, que tinha tudo todas as referências, fulltime dos gráficos das bolsas de valores, chorei, chorei, que engraçado não sei porque, ele não brigou, disse: Vamos fazer outro. Taí encaminhando-se.

O jancineproduções (já é cine como disse meu pai) é outro, mas é da faculdade e ainda não aconteceu nada de ruim e espero que não aconteça. Penso que vai tudo ocorrer bem com a nossa produtora e integrantes. Tô tensa com o filme que vou dirigir e vai ser um dos primeiros trabalhos da produtora, depois eu posto para mim mesma o curta e o videoclipe que a gente vai produzir :]
E voltando ao 1° paragrafo eu esto super conrrespondida, super feliz e amando sempre eu e o Leonardo, meu namorado, acho que não vou escrever nada dele aqui de ruim, espero.
;]

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Drogadita do amor

Alto, alto, alto. Subir, subir, subir. Ele disse uma frase certa, eu subo. Ele me olha do jeito certo, eu subo. Ele faz tudo errado e do jeito dele, eu subo também. Já não vejo mais o que ele diz e nem como ele faz, imagino, ele, assim, passível da minha imaginação. E eu subo, subo, subo. Não me deixe cair. Continue aí, não se mexa, repita aquela frase, com sua voz, perto do meu ouvido. Continue aparecendo nos mesmos horários e apenas some horas, jamais as tire de mim. Continue me amando como no primeiro minuto e ame mais e mais, jamais me tire amor. Mais, quero cheirar mais, aspirar mais. Não me deixe cair. Continue aí, não se mexa. Mais, mais, eu quero mais. Alto, alto, alto, só sei viver aqui. O resto dos dias e dos meses e de tudo, é espera. Espera para subir. Eu só sei viver aqui. Uma frase que leio e então eu subo. Um filme que vejo e então subo. Uma música. Um ódio também. Uma possibilidade de ser bicho e sentir as coisas assim desenfreadas e naturais e descabidas e violentas. E então eu subo. Vejo que a vida está prestes a ficar mais uma e então eu causo. Eu lambo as pessoas. Eu ofendo as pessoas. Eu desapareço. Eu apareço sem avisar. Me desculpem, mas é assim que a vida volta. É assim que sinto a vida e não apenas as paredes da minha prisão nesse corpinho que eu nem sei se escolhi. É assim que volta a doer tudo, as tripas e seus nós, os fígados e seus medos, os corações e seus tamanhos além do espaço que deram pra gente. Eu tenho medo do chato, da hora de ir embora, eu tenho medo dos minutos do dia que não poderiam estar nesse filme que congela a respiração num susto longo, eu tenho medo dos casais que andam comportados e podados e agendados e controlados e casados. Não me deixe cair. Continue me dando vida, vida. Não quero, não sei viver, assim, em dias que se arrastam com suas burocracias de papéis cortantes, delicadezas vazias, obrigações sem talento e esforços sobrenaturais para não doer os outros. Uma vontade horrorosa de não existir mais. Não morro. Insisto. Daqui a pouco subo de novo. Um novo moço, um novo filme, uma nova história, ele de novo, como eu queria, ele de novo, e de novo e de novo, eu só queria ele de novo e de novo e de novo e de novo e de novo e qualquer coisa que me tire da espera e me leve pra onde não agüento. Minha vida é estar entre a espera e o lugar alto do qual tenho vertigem. Não sei viver em lugar nenhum. Mas a vertigem, a vertigem, que maravilhoso que é quase morrer de tanto que se está vivo. Que maravilhoso que é poder se estatelar de vida e não de tédio. Sou uma drogada. Sou uma viciada. Preciso de ajuda, de médico, de remédio. Porque sou tão viciada em sentir esse torpor que todo o resto dos dias não passam de uma merda completa e uma espera insuportável. E a maneira dele falar, me olhar, e as coisas que ele vai saber e dizer. E então eu subo. E como ele se movimenta e então eu subo. E como ele diz que quer fazer e faz e eu subo. Não me tire daqui, não sei viver, sim, é infantil, mas decidi ser infantil, armei toda a minha vida em volta do meu maior desejo que é ser infantil. E de novo, de novo, de novo, igual pedem as crianças. Quem não quiser brincar, apertar o play, jogar o jogo, apertar de novo o último andar, que morra estatelado do alto da minha vontade de sentir a vida. De novo eu quero girar. De novo eu quero ser virada de ponta-cabeça. De novo empurra forte a balança, o carrinho, tudo. De novo, de novo, de novo. E mais e sem fim e insuportavelmente muito. De novo. Mais brinquedo, mais amor, mais desespero. Eu quero sentir desespero. Eu quero cheirar mais, aspirar. Não me deixe cair, eu só sei viver aqui em cima. É frio, solitário, me dá sopro no coração, vontade de vomitar, sensação de morte, não como, não durmo, não sei, mas é aqui que sei viver. E de onde tudo fica valendo a pena. Me deixe ficar aqui em cima, mais e mais e mais. Eu sei, ninguém agüenta, todo dia, toda hora, eles querem subir, e me dão suas mãos calejadas, me leve com você, e eu levo, e eu levo eles comigo, lá pra cima, onde tudo dói tanto e ao mesmo tempo alegra além da vida. Mas eles pedem pra descer. Homens precisam estar no controle e precisam trabalhar e precisam sentir a vida rasteira e gostar dela, pra se libertar dessa vida fugaz e maravilhosa e terrível que sentem comigo, precisam raspar a sujeira de bosta dos sapatos no chão áspero. E eles pedem pra descer. E eu preciso estar no alto, congelada de frio e sozinha e filha da “putamente” congelada de frio e sozinha de novo. E então abro as mãos. Caiam. Vocês, meus amores, todos vocês, tão amados, todos vocês, que já viram esse descontrole meu, essa dor minha, esse desejo, vocês, queridos, meros traficantes, meros entregadores, meros fornecedores da minha droga. Apenas isso. Daqui a pouco vem outro e outro e outro. E nenhum fica. E sim é culpa deles. E minha. E da vida. Não existe culpa, existe apenas meu tempo e meu espaço que de tão corridos e altos não cruzam ninguém muito tempo, apenas dão uma ou outra breve carona no meu carrinho da montanha russa. Empresto vida demais pra quem me empresta um pouco sequer de vida. Preciso do disparo, de uma única bala e então acordo e saio chacinando tudo. Morra chatice de vida que vou levando ao lado dos que vão levando. E subo. Só sei viver d aqui. Desse lugar irreal e infantil e ridículo e absurdo. Esse lugar que defendo tanto com meus enormes dentes e unhas da cor pink. Como é triste e absurdo e solitário defender um lugar que não existe e que eu própria não tenho músculos e nem fé para suportar. Eu defendo o lugar do qual não pertenço, mas pra onde eu tenho eterna passagem comprada e cancelada e comprada e cancelada. A espera de alguém que não vá embora, que aguente, que divida meu desespero ou apenas o suporte. A espera da pessoa que suba comigo e fique comigo lá em cima, me ensinando a viver lá de cima. A espera da pessoa que faça aqui embaixo ser algo tão bom que eu não precise mais brincar de assassina de tudo e de mim mesma. A espera da pessoa que não morra quando jogada da minha janela altíssima. E suba de novo. Ou não caia. Entenda que minha porrada não era para jogá-la do alto mas apenas porque estar no alto é se debater em tudo. E volte. E fique. E me deixe aqui embaixo. E me deixe aqui em cima. A espera eterna de mim mesma na versão que faz dar certo. Subir, subir, subir. Venham fornecedores, venham. Meros e caríssimos fornecedores. Minhas gasolinas do parque de diversões. Meus amores. Meu amor. De novo, meu amor. De novo. De novo. Subir. Subir. Subir. Me traga a minha droga antes que eu cheire coisas mais burras e mais feias e mais baratas e mais sem graças e mais menos qualquer coisa e sinta a pior ressaca do mundo que é a ressaca da droga fraca. Me traga, vamos girar forte, subir muito alto, olhar todo mundo lá de cima e o medo de cair, o medo de despencar, as coxas flácidas, os olhos esbugalhados, caveiras cheias de uma vida que de tão louca nem existe nesse mundo. Subir, subir, subir. De novo, de novo, de novo. E cair. E cair gostoso. No fundo, eu gosto é de cair gostoso. Gostoso. Porque cair é subir de novo, estar lá em cima, alto demais, é apenas gritar, alto demais, e não ter ninguém pra ouvir. Socorro. Socorro. Socorro
Tati Bernadi

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Puta que pariu eu te amo

É amiga hoje eu estou aqui de novo, vim na sua casa porque se eu voltasse na minha eu ia quebrar TUDO, os motivos? Ah são os mesmo, pode ter certeza, você até acertou o 1° quando viu minha cara, o 2° é muito material nem tô tão puta com isso, só meu nome que daqui a pouco ta ficando sujo por causa daquele meu primeiro emprego que minha familia ficou tão orgulhosa dele, e a merda não paga a rescisão, maaaaas de booooa, sério, o que eu posso fazer quanto a isso? Nada. Então vamos ao primeiro motivo, daquela cara de qnd você me viu, que tem haver com um cara que acho que... é, isso mesmo e que raiva eu tenho de mim por sentir isso, por que eu sei que não vai acontecer nada, mesmo se eu falar pro cara!

Pois é cara, eu cansei de rir das piadinhas que você faz comigo, mesmo ate sua mãe falando: 'ó menina, se você for levar a sério o que ele fala...' É tô ferrada tiaa, tia? Não, tia não, nunca chamei de tia, mas então tia me ferrei, mas ferrei porque eu quis por que eu tô querendo levar a serio as piadinhas pra vê se seu filho pára sabe. Na verdade, eu sorrio pra agradar ele, pra ele se achar o sensacional perto de mim e os amigos deles verem e falarem: 'nossa, vocês são uma piada hein' e eu ficar feliz e pensar: 'viu cara seus amigos acham que a gnt se dá bem, vc não acha tbm?' ou pra eu deixar os amigos deles pensarem: 'Nossa o cara é foda e ela aguenta tadinha, ama ele' e quando ele fica assim todo sensacional ele fica tão lindo né tia? E amiga ele fico lindo mesmo, um dia você vai vê, mas lá no fundo é engraçado, ele é engraçadinho mesmo, eu tbm sou então não posso reclamar muito, maaas lá no outro fundo mesmoo da vontade de mandar ele ir tomar no cú bem grande (já falei, mas acho que ele levou na piadinha, normal) e mandar ele largar de ser otário e vê se ele cresce e conversa com uma mulher igual adulto.

Porque eu posso ser essa porralouca perto dele pra ele se sentir a vontade comigo e contar das trepadinhas dele e das mina que ele pega, apesar de eu ser burra, só posso me odiar, eu que puxo assunto disso, eu quero saber disso pra quê mesmo Gabi? Ah tá, pra você fazer ele te lembrar que ele é um homem (safado), que não vai ter nada com você, pra vc mesma se machucar, pra vocês tipo ficarem brothers e você poder ficar perto dele, boa. Mas calma eu tenho coração e ele ta pedindo atenção agora depois de vários meses que te conheço.

Amiga, tia, nossa puta que pariu. Cara, eu tô com muita vontade de chegar em você e dizer que eu te amo e dizer que ta ruim sim essa nossa amizade colorida que é melhor a gente parar, mesmo ela nem tendo começado direito e que não, se você não querer nada comigo, não some de mim, continua fazendo piadinha de mim, a gnt se dá bem junto lembra, mesmo as nossas conversas não serem de adultos. Sabe é porque eu acho que não aguento muito ouvir você falar da gostosona e da mulher do belo rosto que passou na nossa frente, eu aguentaria se fosse só mesmo sua amiga e soubesse que você não quer nada comigo, poderíamos até começar a colorida de novo, mas aí eu também nem sei se eu vou aguentar não lembro de ter tomado o antibiótico nos horarios certos e se isso tiver acontecido não vai adiantar nada, mas eu juro que vou cuidar pro meu coração não sentir nada por você, é porque sabe cara esse ano é o seu ano. Ano que vem pode ser que nem seja você.

Nem sei porque tô tão assim, eu não sou dessas né amiga, não sou de ficar tão apasionada assim, eu levo tudo, eu choro, eu sorrio e ainda tô vivendo. Eu acho mesmo que tô MUITO preocupada com aquele lance ainda do meu nome poder ficar sujo porque os outros não me pagam sabe e tô querendo colocar a culpa no cara, duuur ele foi até gentil hoje. E quer saber eu nem te quero tanto assim, eu só quero poder conversar com você sobre qualquer assunto sem você mandar eu calar a boca e falar que é brincadeirinha, poder te mandar menssagem assim do nada... poder ter abraçar quando eu quisesse sem você falar NADA, porque você reclama e fala demais sabe. Cara eu queria poder te ligar e pergutar se ta tudo bem e também perguntar se rola hoje da gente sair. Só isso, nem quero te apresentar pra minha mãe não, não mesmo, é capaz de você querer ela também, que odio eu te amo.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

O Contrato

Combinamos que não era amor. Escapou ali um abraço no meio do escuro. Mas aquilo ali foi sono, não sei o que foi aquilo. Foi a inércia do amor que está no ar mas não necessariamente dentro de nós. A gente foi ao cinema, coisa que namorados fazem. Mas amigos fazem também, não? Somos amigos. Escapou ali um beijo na orelha e uma mão que quis esquentar a outra. Mas a gente correu pra fazer piadinha sexual disso, como sempre. E a orelha ouviu uma sacanagem qualquer, e a mão se encaixou ali no meio das minhas pernas.



Você me chamou de amor ontem, enquanto a gente transava. Eu quis chorar. Mas também quis rir muito da sua cara. Acabei só esquecendo isso. Talvez o “mô” que você murmurou, seja porque no dia anterior, naquela mesma cama, você tenha comido alguma “Mônica”. Prefiro pensar assim. Se eu for muito, mas muito escrota, talvez eu me proteja de me assustar muito. Caso você seja escroto. Eu sendo de pedra não quebro com a sua pedra. Sei lá.

Aí teve aquela cena também. De quando eu fui te dar tchau só com a manta branca e o cabelo todo bagunçado. E você olhou do elevador e me perguntou: não to esquecendo nada? E eu quis gritar: tá, tá esquecendo de mim. E você depois perguntou: não tem nada meu aí? E eu quis gritar: tem, tem eu. Eu sempre fui sua. Eu já era sua antes mesmo de saber que você um dia não ia me querer.

Mas a gente combinou que não era amor. Você abriu minha água com gás predileta e meu sabonete de manteiga de cacau. E fuçou todas as minhas gavetas enquanto eu tomava banho. E cheirou meu travesseiro pra saber se ainda tinha seu cheiro. Ou pra tentar lembrar meu cheiro e ver se ele ainda te deixa sem vontade de ir embora. Mas ainda assim, não somos íntimos. Nada disso. Só estamos aqui, reunidos nesse momento, porque temos duas coisas muito simples em comum: nada melhor pra fazer e vontade de fazer sexo.

Só isso. É o que está no contrato. E eu assino embaixo. Melhor assim. Muito melhor assim. Tô super bem com tudo isso. Nossa, nunca estive melhor. Mas não faz isso. Não me olha assim e diz que vai refazer o contrato. Não faz o mundo inteiro brilhar mais porque você é bobo. Não faz o mundo inteiro ficar pequeno só porque o seu chapéu é muito legal. Não deixa eu assim, deslizando pelas paredes do chuveiro de tanto rir porque seu cabelo fica ridículo molhado. Não faz a piada do vampiro só porque você achou que eu estava em dias estranhos.

Não transforma assim o mundo em um lugar mais fácil e melhor de se viver. Não faz eu ser assim tão absurdamente feliz só porque eu tenho certeza absoluta que nenhum segundo ao seu lado é por acaso.

Combinamos que não era amor e realmente não é. Mas esse algo que é, é realmente muito libertador. Porque quando você está aqui, ou até mesmo na sua ausência, o resto todo vira uma grande comédia. E aquele cara mais novo, e aquele outro mais velho, e aquele outro que escreve, e aquele outro que faz filme, e aquele outro divertido, e aquele outro da festa, e aquele outro amigo daquele outro. E todos aqueles outros viram formiguinhas de nariz vermelho. E eu tenho vontade de ligar pra todos eles e falar: putz, cara, e você acha mesmo que eu gostei de você? Coitado.

Adoro como o mundo fica coitado, fica quase, fica de mentira, quando não é você. Porque esses coitados todos só serviram pra me lembrar o quão sagrado é não querer tomar banho depois. O quão sagrado é ser absurdamente feliz mesmo sabendo a dor que vem depois. O quão sagrado é ver pureza em tudo o que você faz, ainda que você faça tudo sendo um grande safado. O quão sagrado é abrir mão de evoluir só porque andar pra trás é poder cruzar com você de novo.

Não é amor não. É mais que isso, é mais que amor. Porque pra te amar mais, eu tenho que te amar menos. Porque pra morrer de amor por você, eu tive que não morrer. Porque pra ter você por perto um pouco, eu tive que não querer mais ter você por perto pra sempre. E eu soquei meu coração até ele diminuir. Só pra você nunca se assustar com o tamanho. E eu tive que me fantasiar de puta, só pra ter você aqui dentro sem medo. Medo de destruir mais uma vez esse amor tão santo, tão virgem. E eu vou continuar me fantasiando de não amor, só pra você poder me vestir e sair por aí com sua casca de não amor.

E eu vou rir quando você me contar das suas meninas, e eu vou continuar dizendo “bonito carro, boa balada, boa idéia, bonita cor, bonito sapato”. E eu vou continuar sendo só daqui pra fora. Porque no nosso contrato, tomamos cuidado em escrever com letras maiúsculas: não existe ninguém aqui dentro.


Mas quando, de vez em quando, o seu ninguém colocar ali, meio sem querer, a mão no meu joelho, só para me enganar que você é meu dono. Só para enganar o cara da mesa ao lado que você é meu dono. Eu vou deixar. Vai que um dia você acredita.



Tati Bernadi

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

A verdade sobre o povo brasileiro

- Brasileiro é um povo solidário. Mentira. Brasileiro é babaca.

Eleger para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari, só porque tem uma história de vida sofrida; Pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução para pobreza; Aceitar que ONG's de direitos humanos fiquem dando pitaco na forma como tratamos nossa criminalidade. Não protestar cada vez que o governo compra colchões para presidiários que queimaram os deles de propósito, não é coisa de gente solidária.É coisa de gente otária.

- Brasileiro é um povo alegre. Mentira. Brasileiro é bobalhão.

Fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada. Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo, ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmo que contar piada no enterro do pai.Brasileiro tem um sério problema.Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ri feito bobo.

- Brasileiro é um povo trabalhador. Mentira.

Brasileiro é vagabundo por excelência.O brasileiro tenta se enganar, fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de Marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos do povo. O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver um deputado receber 20 mil por mês, para trabalhar 3 dias e coçar o saco o resto da semana, também sente inveja e sabe lá no fundo que se estivesse no lugar dele faria o mesmo. Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários do bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo.

- Brasileiro é um povo honesto. Mentira.

Já foi; hoje é uma qualidade em baixa.Se você oferecer 50 Euros a um policial europeu para ele não te autuar, provavelmente irá preso.Não por medo de ser pego, mas porque ele sabe ser errado aceitar propinas. O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão, pensa intimamente o que faria se arrumasse uma boquinha dessas, quando na realidade isso sequer deveria passar por sua cabeça.

- 90% de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira.

Já foi.Historicamente, as favelas se iniciaram nos morros cariocas quando os negros e mulatos retornando daGuerra do Paraguai ali se instalaram.Naquela época quem morava lá era gente honesta, que não tinha outra alternativa e não concordava com o crime. Hoje a realidade é diferente.Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como 'aviãozinho' do tráfico para ganhar uma grana legal.Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora, porque podem matar 2 ou 3 mas não milhares de pessoas.Além disso, cooperariam com a polícia na identificação de criminosos, inibindo-os de montar suas bases de operação nas favelas.

- O Brasil é um pais democrático. Mentira.

Num país democrático a vontade da maioria é Lei.A maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numa troca de tiros, foi executado friamente. Num país onde todos têm direitos mas ninguém tem obrigações, não existe democracia e sim, anarquia.Num país em que a maioria sucumbe bovinamente ante uma minoria barulhenta, não existe democracia, mas um simulacro hipócrita.Se tirarmos o pano do politicamente correto, veremos que vivemos numa sociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e suas MPs), seguido de duques, condes, arquiduques e senhores feudais (ministros, senadores, deputados, prefeitos, vereadores).Todos sustentados pelo povo que paga tributos que têm como único fim, o pagamento dos privilégios do poder. E ainda somos obrigados a votar. Democracia isso? Pense !

O famoso jeitinho brasileiro.

Na minha opinião, um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou a política brasileira.Brasileiro se acha malandro, muito esperto.Faz um 'gato' puxando a TV a cabo do vizinho e acha que está botando pra quebrar. No outro dia o caixa da padaria erra no troco e devolve 6 reais a mais, caramba, silenciosamente ele sai de lá com a felicidade de ter ganhado na loto... malandrões, esquecem que pagam a maior taxa de juros do planeta e o retorno é zero. Zero saúde, zero emprego, zero educação, mas e daí? Afinal somos penta campeões do mundo né??? Grande coisa...

O Brasil é o país do futuro. Caramba , meu avô dizia isso em 1950.

Muitas vezes cheguei a imaginar em como seria a indignação e revolta dos meus avôs se ainda estivessem vivos.Dessa vergonha eles se safaram...Brasil, o país do futuro !?Hoje o futuro chegou e tivemos uma das piores taxas de crescimento do mundo.
O que me deixa mais triste e inconformado é ver todos os dias nos jornais a manchete da vitória do governo mais sujo já visto em toda a história brasileira.

Para finalizar tiro minha conclusão: O brasileiro merece! Como diz o ditado popular, é igual mulher de malandro, gosta de apanhar. Se você não é como o exemplo de brasileiro citado nesse e-mail, meus sentimentos amigo, continue fazendo sua parte, e que um dia pessoas de bem assumam o controle do país novamente.Aí sim, teremos todas as chances de ser a maior potência do planeta.Afinal aqui não tem terremoto, tsunami nem furacão.Temos petróleo, álcool, bio-diesel, e sem dúvida nenhuma o mais importante: Água doce!Só falta boa vontade, será que é tão difícil assim?
ARNALDO JABOUR ( ROBSON MOURA)